O disjuntor é um dispositivo que trabalha como um interruptor automático. Ele confere proteção a uma instalação elétrica contra eventuais danos resultantes de sobrecargas elétricas e curtos-circuitos. Ele identifica picos de corrente que vão além daqueles adequados para o circuito.
Os disjuntores podem ser rearmados de forma manual, o que representa uma grande vantagem. Neste post, vamos considerar quais são os principais modelos de disjuntor, pois existe uma grande variedade deles!
Os modelos de disjuntor quanto à fase
Nessa classificação, considera-se o disjuntor em relação à fase, ou seja, à sua participação em sistemas monofásicos, bifásicos ou trifásicos.
Disjunto monopolar
O disjuntor monopolar é um modelo usado em instalações elétricas e circuitos que apresentam somente uma fase. É o caso de circuitos de iluminação e de tomadas nos sistemas neutros ou monofásicos, em 127 V ou 220 V.
Disjuntor bipolar
Esse disjuntor é utilizado em circuitos e instalações elétricas com duas fases. É o que ocorre em circuitos com torneiras elétricas, chuveiros, equipamentos com mais potência.
Disjuntor tripolar
O disjuntor tripolar, acompanhando o mesmo raciocínio que apresentamos até agora, é usado em circuitos e instalações elétricas com três fases. É o caso de circuitos com motores elétricos com três fases, os motores trifásicos.
Os modelos DIN e NEMA
Os modelos de disjuntor DIN e NEMA são para instalações elétricas de baixa tensão. Porém, eles não são iguais.
O DIN é fabricado na Europa, sua cor é branca e segue, em relação à fabricação, a ABNT NBR NM nº 60898/2004.
O NEMA, por sua vez, é fabricado nos Estados Unidos, sua cor é preta e segue, em relação à fabricação, os parâmetros da norma RTQ, que integra a Portaria Inmetro nº 243/2009. Vamos conferir mais detalhes sobre cada um deles:
DIN
A caixa do DIN é fabricada com materiais que contêm poliéster ou ureia formaldeído. Sua capacidade de interromper curtos é maior que a do NEMA. Também apresenta disparador magnético independente.
Isso representa que o limite ocorre com um múltiplo de corrente nominal. Não importa qual é o valor da corrente, o DIN vai operar de duas formas independentes:
- Bobina, para evitar o curto-circuito;
- Bimetal, para evitar sobrecargas.
Em relação aos meios de fixação, esse modelo dispõe de terminal “abraçadeira” com ranhuras, o que evita que o cabo se desconecte. Ele também conta com câmara de extinção provida de muitas aletas.
Outro aspecto do disjuntor DIN é que ele apresenta os contatos revestidos de prata. A prata oferece uma maior resistência elétrica e térmica ao mesmo tempo.
Em geral, o disjuntor DIN proporciona resultados mais rápidos e eficientes que o disjuntor NEMA.
NEMA
O material usado na confecção da caixa do disjuntor NEMA é a baquelite, um tipo de resina sintética que apresenta estabilidade química e elevada resistência a temperaturas altas.
A sua capacidade de interromper curtos-circuitos é de cerca de 66% menor que a do DIN. O disparador magnético tem limiar de trabalho pouco sensível. O mecanismo se destrava devido à intensidade da corrente do curto. Isso significa que somente um elemento bimetal realiza a proteção, ou seja, ele não tem bobina.
Em relação à fixação, ela é feita com parafusos do tipo olhal, o que contribui para que, no decorrer do tempo, os cabos se soltem. Esse disjuntor exibe chapa dobrada como elemento de extinção. Já os contatos são confeccionados em material sintetizado.
Agora você já sabe quais são os principais modelos de disjuntor, considerando alguns critérios: fase, origem, normatização, materiais, revestimento dos contatos. Vale lembrar que um disjuntor DIN/NEMA pode ser monopolar, bipolar ou tripolar.
Gostou do conteúdo? Se você gosta de ler e de se manter atualizado sobre assuntos relacionados à construção, aproveite para se cadastrar em nosso boletim e receber conteúdo diretamente em seu e-mail!